sexta-feira, 7 de outubro de 2016

“Flores” de Afonso Cruz vence Prémio Fernando Namora por unanimidade do Júri


O romance "Flores", de Afonso Cruz, foi o grande vencedor, por unanimidade do Júri, do Prémio Literário Fernando Namora, promovido pela Estoril Sol, com o valor pecuniário de 15 mil euros.

O Júri, presidido por Guilherme D ´Oliveira Martins reconheceu ter sido um ano literário de excepcional qualidade, tendo selecionado ainda, com muito apreço, os romances concorrentes de João Tordo (“O Luto de Elias Gro”), Inês Pedrosa, (“Desamparo”), Joel Neto (“Arquipélago”), Julieta Monginho (“Os Filhos de K”), Mário Claudio ( “Astronomia”) e Paulo Castilho (“O Sonho Português”).

Na acta, o Júri salientou no romance de Afonso Cruz “a elevada qualidade estética. O domínio da linguagem de ficção, a capacidade de construção de uma história e das suas personagens, sabendo lidar com a introdução do aleatório numa estrutura bem montada”.

O Júri foi ainda sensível nesta obra do escritor ao “registo lírico de apreensão do real”, aliando “a cultura clássica a referências correntes – através de uma assinalável compreensão do quotidiano e da sua riqueza multifacetada”.

O Júri desta 19.ª edição do galardão, além de Guilherme d`Oliveira Martins, foi ainda constituído por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e, ainda, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.

Natural da Figueira da Foz, Afonso Cruz é uma personalidade de invulgar polivalência, distribuindo os seus interesses culturais pelo cinema, como realizador de filmes de animação, pela ilustração e pela música.


Publicou o primeiro romance em 2008, “A Carne de Deus — Aventuras de Conrado Fortes e Lola Benites “, e não mais parou, coleccionando vários outras distinções literárias, designadamente, em 2012, o Prémio da União Europeia de Literatura com o livro “A Boneca de Kokoschka”.

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