quarta-feira, 7 de setembro de 2016

José Miguel Wisnik e Paula Morelenbaum apresentam “aula Show” no Casino Estoril


A mostrar Paula Morelenbaum 2013 by PauloFiori.jpgEm estreia absoluta no Casino Estoril, José Miguel Wisnik e Paula Morelenbaum sobem ao palco do Lounge D, a 17 de Setembro, pelas 23 horas, para apresentar a “aula-show - Vinícius e Tom: Palavra e Música”. No âmbito do “Festival Internacional de Cultura 2016 – FIC”, este espectáculo reúne uma selecção de canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e seus parceiros, entremeadas de leituras de alguns poemas e conversas sobre a vida dos autores e vários assuntos relativos à palavra cantada. A entrada é livre.

Na “aula-show - Vinícius e Tom: Palavra e Música”, Paula Morelenbaum será acompanhada por José Miguel Wisnik, ao piano, e Gabriel Improta no violão.

A mostrar Nino_Andres 1 - Cr. Paulo Fiori.jpgReunindo os talentos musicais, literários e académicos do compositor, cantor e pianista Zé Miguel Wisnik – reconhecido como um dos nomes de ponta da música brasileira e da cantora Paula Morelenbaum - outro nome de ponta da nossa música, reconhecida internacionalmente desde os anos em que integrou a banda de Tom Jobim - o espectáculo traz uma selecção de canções de Jobim e Vinícius, além de leituras e conversas.

Da formação do cancioneiro brasileiro ao artesanato de letra e música; das potências transformadoras da bossa-nova ao debate sobre a “morte da canção”, Wisnik e Morelenbaum cantam, tocam e contam a música e a poesia de Tom e Vinícius, situada por eles no contexto da cultura brasileira hoje, emoldurados pelo piano de Wisnik e do violão de um dos jovens talentos da música instrumental brasileira, Gabriel Improta.

Vinícius de Moraes (1913-80) já era um poeta consagrado quando conheceu Tom Jobim (1927-94), seu parceiro no espetáculo Orfeu da Conceição, de 1956. Para além das várias canções que os dois então fizeram juntos – só as primeiras de uma longa lista de clássicos do nosso cancioneiro – os resultados desse encontro seriam decisivos para a vida cultural do Brasil. Não só a bossa nova, mas todo um modo de pensar a canção, como encontro privilegiado entre poesia e música, ganhava ali um modelo, a ser desenvolvido de mil e uma formas.

A importância de Jobim e Vinícius - também um compositor de relevo - não pode ser minimizada: se a canção, para nós, é um registo incontornável, onde a cultura vê-se e pensa-se a si mesma, isto deve-se, em boa medida, à contribuição do poeta, que foi passando de um género a outro, ao longo dos anos, com vários parceiros (Baden Powell, Carlos Lyra, Chico Buarque, Edu Lobo e Toquinho, entre outros), sempre supremo no artesanato da poesia cantada e sempre arrojadamente livre no espírito e na vida.

José Miguel Wisnik e Paula Morelenbaum apresentam, desde 2008, a “aula-show” “Vinícius: Palavra e Música” com o músico Arthur Nestrovski em teatros e em Feiras do Livro no Brasil, como na FLIP de Paraty, Rio de Janeiro; no Festival do Desassossego, em Lisboa, e mais recentemente na abertura da FLIPside em Aldeburgh, Inglaterra. Dessa vez, no Festival Internacional da Cultura, a formação original modifica-se e ganha a participação especial de Gabriel Improta, no violão.

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