quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Casino Lisboa inaugura exposição "Como Vejo o que Vi” de Artur Pinto

A mostrar Como Vejo o que Vi - Exposição de Artur Pinto.jpgO Casino Lisboa inaugura, no próximo dia 9 de Setembro, pelas 18h30, a exposição “Como Vejo o que Vi”, da autoria de Artur Pinto. Trata-se de uma mostra fotográfica que poderá ser observada no amplo espaço da Galeria de Arte, localizada na área circundante ao Arena Lounge. A entrada é livre.

A Galeria de Arte do Casino Lisboa acolhe, assim, a primeira exposição do fotógrafo Artur Pinto. Estará em evidência, até 22 de Setembro, um elenco de fotografias que revelam um pouco do quotidiano de diferentes populações que habitavam meios rurais na década de setenta do século XX.

“Considero-me um genuíno fotógrafo amador. O meu gosto pela fotografia iniciou-se em finais dos anos 50 quando os meus pais me ofereceram uma máquina da Kodak, modelo Brownie, mais conhecida por “caixote Kodak”. Fiz as primeiras fotografias deambulando pela cidade de Lisboa. A máquina, entretanto, tornou-se obsoleta, com a rápida difusão das máquinas em formato 35 mm. Mas, eram ainda caras, pelo que fiquei uns anos sem fotografar”, revela Artur Pinto.
“Aluno da Faculdade de Direito no ano da Crise Académica de 1962, pedi uma máquina emprestada e fotografei parte dos acontecimentos que, então, puseram Portugal no noticiário internacional. Este meu espólio fotográfico, com várias dezenas de fotografias, encontra-se na Fundação Mário Soares”, recorda Artur Pinto.

A mostrar Como Vejo o que Vi - Exposição de Artur Pinto 2.jpg“O meu envolvimento no movimento estudantil, de que fui dirigente, marcou de forma indelével a minha formação, em particular no que respeita à abordagem dos temas políticos e sociais. Uma vez cumprido o serviço militar e regressado à vida civil, comprei a primeira máquina fotográfica de 35 mm, assim iniciando uma mais regular actividade de fotografia. Pela minha formação, era inevitável que me preocupasse com a condição humana, com as gentes humildes, com os sentimentos do quotidiano. Na primeira metade dos anos 70, mergulhei nas aldeias da Serra do Montemuro, minha região natal e andei pelo Alentejo. Não procurei retratar tipos humanos, mas as pessoas, rostos e olhares que nos revelavam um país triste. É uma fotografia de rosto humano, feita de uma forma directa, sem efeitos, sem retoques, sem arranjos, olhos nos olhos, a preto e branco, que irei apresentar na minha primeira exposição”, explica o autor.

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